O tráfico de pessoas, uma das formas modernas de escravidão, vitima cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo e no Brasil, embora não haja um mapeamento nacional, as principais afetadas -cerca de 70%- são mulheres e adolescentes negras. Para discutir enfrentamentos a essa realidade tem início nesta quinta-feira 27, no Auditório da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, em São Paulo, o IV Encontro Internacional sobre Direitos Humanos, Segurança Pública e Tráfico de Seres Humanos: repressão e responsabilização.
O evento, que vai até sexta-feira, terá 42 expositores vindos dos Estados Unidos, Paraguai, Itália, Portugal, Espanha, Alemanha, França e Brasil, além de representantes de organismos internacionais e nacionais. O objetivo dos organizadores é promover a troca de informações e sensibilizar autoridades brasileiras para a urgência na criação de uma legislação de repressão e tipificação de crimes ligados ao tráfico de seres humanos.
As principais vítimas, mulheres e adolescentes - com documentos falsificados - são normalmente aliciadas para exploração sexual ou mão-de-obra escrava. Segundo dados da Pesquisa sobre Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescente para fins de Exploração Sexual Comercial no Brasil (Pestraf), 241 rotas de tráfico de pessoas passam pelo Brasil: 110 rotas de tráfico interno (78 rotas interestaduais e 32 intermunicipais) e 131 rotas de tráfico internacional.
As rotas intermunicipais e interestaduais são usadas para conexões com as fronteiras da América do Sul especialmente no tráfico de adolescentes e crianças, que depois deixam a região em aviões, navios ou pequenas embarcações. O país que mais recebe brasileiras é a Espanha, entre os dois países há 32 rotas de tráfico. A organização criminosa "Conexão Ibérica", que tem ligações inclusive com a máfia russa, é a responsável pela maioria dos transportes ao país europeu.
Depois da Espanha, os países que mais têm rotas de tráfico com o Brasil são: Holanda (11), Venezuela (10), Itália (9), Portugal (8), Paraguai (7), suíça (6), EUA (5), Alemanha (5), Suriname (5). A precarização da força de trabalho e construção social de subalternidade são, segundo a Pestraf, as principais razões para que mulheres sejam vítimas desse tipo de violência.
O perfil dessas mulheres mostra que elas trabalham normalmente em serviços domésticos ou no comércio (balconista, garçonete), são mal remuneradas, não têm direitos trabalhistas, ou garantias. Vêem, em sua maioria, de classes populares, têm baixa escolaridade e vivem em espaços urbanos periféricos, com carência inclusive de saneamento.
As adolescentes provêm de municípios de baixo desenvolvimento socioeconômico, no interior do país. Muitas já foram vítimas de violência intra-familiar (abuso sexual, estupro, sedução, abandono, negligência).
De acordo com o Escritório Contra Drogas e Crimes - Organização das Nações Unidas (UNODC) as vítimas do tráfico de seres humanos, homens e mulheres de todas as idades, são de 127 nacionalidades distintas, em 137 países e o Brasil é um país fonte de vítimas. A organização diz ainda que entre 600 mil e 800 mil pessoas são traficadas por fronteiras internacionais a cada ano.
Os crimes cometidos pelos agentes do tráfico internacional de pessoas (tráfico, atividades e bens produzidos pelas vítimas) movimentam US$ 32 bilhões por ano e é a terceira maior atividade ilegal do mundo, perdendo somente para o tráfico de drogas e o de armas. Mas é, entre esses, o que mais cresce.
Fonte:www.adital.com.br
O evento, que vai até sexta-feira, terá 42 expositores vindos dos Estados Unidos, Paraguai, Itália, Portugal, Espanha, Alemanha, França e Brasil, além de representantes de organismos internacionais e nacionais. O objetivo dos organizadores é promover a troca de informações e sensibilizar autoridades brasileiras para a urgência na criação de uma legislação de repressão e tipificação de crimes ligados ao tráfico de seres humanos.
As principais vítimas, mulheres e adolescentes - com documentos falsificados - são normalmente aliciadas para exploração sexual ou mão-de-obra escrava. Segundo dados da Pesquisa sobre Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescente para fins de Exploração Sexual Comercial no Brasil (Pestraf), 241 rotas de tráfico de pessoas passam pelo Brasil: 110 rotas de tráfico interno (78 rotas interestaduais e 32 intermunicipais) e 131 rotas de tráfico internacional.
As rotas intermunicipais e interestaduais são usadas para conexões com as fronteiras da América do Sul especialmente no tráfico de adolescentes e crianças, que depois deixam a região em aviões, navios ou pequenas embarcações. O país que mais recebe brasileiras é a Espanha, entre os dois países há 32 rotas de tráfico. A organização criminosa "Conexão Ibérica", que tem ligações inclusive com a máfia russa, é a responsável pela maioria dos transportes ao país europeu.
Depois da Espanha, os países que mais têm rotas de tráfico com o Brasil são: Holanda (11), Venezuela (10), Itália (9), Portugal (8), Paraguai (7), suíça (6), EUA (5), Alemanha (5), Suriname (5). A precarização da força de trabalho e construção social de subalternidade são, segundo a Pestraf, as principais razões para que mulheres sejam vítimas desse tipo de violência.
O perfil dessas mulheres mostra que elas trabalham normalmente em serviços domésticos ou no comércio (balconista, garçonete), são mal remuneradas, não têm direitos trabalhistas, ou garantias. Vêem, em sua maioria, de classes populares, têm baixa escolaridade e vivem em espaços urbanos periféricos, com carência inclusive de saneamento.
As adolescentes provêm de municípios de baixo desenvolvimento socioeconômico, no interior do país. Muitas já foram vítimas de violência intra-familiar (abuso sexual, estupro, sedução, abandono, negligência).
De acordo com o Escritório Contra Drogas e Crimes - Organização das Nações Unidas (UNODC) as vítimas do tráfico de seres humanos, homens e mulheres de todas as idades, são de 127 nacionalidades distintas, em 137 países e o Brasil é um país fonte de vítimas. A organização diz ainda que entre 600 mil e 800 mil pessoas são traficadas por fronteiras internacionais a cada ano.
Os crimes cometidos pelos agentes do tráfico internacional de pessoas (tráfico, atividades e bens produzidos pelas vítimas) movimentam US$ 32 bilhões por ano e é a terceira maior atividade ilegal do mundo, perdendo somente para o tráfico de drogas e o de armas. Mas é, entre esses, o que mais cresce.
Fonte:www.adital.com.br
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